Formação Litúrgica (Parte 1)
Objetos Litúrgicos e Cerimonial da Santa Missa
Cálice – Vaso sagrado utilizado para se colocar o vinho que na Santa Missa se transformará (Transubstanciação) no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Cibório ou Âmbula – Vaso sagrado utilizado para conter as partículas que na missa se transformarão (Transubstanciação) no Corpo do Senhor.
Patena – Recipiente em forma de um “pratinho”, utilizado para conter a Hóstia utilizada pelo padre e que na Santa Missa será transformada (Transubstanciação) no Corpo do Senhor.
Galhetas – Jarras usadas para conter o vinho e a água e que no momento do ofertório é lavado pelos acólitos ou coroinhas à presença do sacerdote.
Lavabo – Conjunto de Jarra, bacia e toalha, utilizado para lavar as mãos do sacerdote após a
apresentação das ofertas do pão e vinho. Este momento é chamado de Purificação do Sacerdote. A toalha na qual o sacerdote seca as mãos é chamada de Manustérgio.
Carrilhão – Conjunto de sinetas, utilizado para alertar os fiéis sobre o momento da Epiclese. Segue-se uma pequena instrução sobre o termo Epíclese e sua importância para a Santa Missa.
Significado dos Termos Epíclese e Transubstanciação
Epiclese é uma palavra de origem grega (EPÍKLESIS) e significa “chamar sobre”, “invocar sobre”.
EPICLESE, "invocação sobre", é a solene "invocação" ao Pai para que envie o seu Espírito Santo sobre aquilo que a Igreja lhe oferece, (o pão e o vinho) a fim de que a oferenda seja transformada no Corpo e no Sangue de Cristo.
É o momento central de toda a Santa Missa, pois na epiclese realiza-se a mais poderosa sinergia (cooperação) de Deus e do homem, tanto na celebração como na liturgia vivida."
Transubstanciação
A palavra “transubstanciação” (do Latim: TRANS – Além ou Para Além / SUBSTANTIA – Substância, Ser, Essência, Matéria) exprime a conversão da substância ou da realidade íntima do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A fé ensina que, quando as palavras da consagração são pronunciadas sobre o pão, a substância deste se muda ou converte totalmente em substância do Corpo humano de Cristo (donde o nome “transubstanciação”), ficando, porém, os acidentes ou as notas externas do pão, ou seja, fica apenas a aparência de pão e a aparência do vinho. Sendo assim, sem mudar de aparência, o pão consagrado já não é pão, mas é substancialmente o Corpo de Cristo. Análogo fenômeno se dá com o vinho; ao serem pronunciadas sobre ele as palavras da consagração, sua substância se converte no sangue do Senhor. Não há dúvida, é este um caso de intervenção da Onipotência de DEUS que não tem par em toda a ordem da natureza.
Turíbulo – Objeto Litúrgico utilizado para colocar brasas e que tem por finalidade queimar o incenso ofertado a Deus nas Santas Liturgias.
Naveta – Recipiente em forma de navio (daí o nome naveta ou pequenina nave) utilizado para se guardar o incenso. A naveta sempre vem acompanhada de uma pequena colher que serve para pegar o incenso e colocar no turíbulo.
Abaixo segue-se uma explicação do sentido do incenso na Santa Missa e em outras celebrações.
O uso do Incenso na Santa Missa
Os primeiros cristãos não utilizaram o incenso na liturgia desde o início porque queriam se distinguir, o mais claramente possível, do paganismo. (no paganismo antigo o incenso era utilizado para se adorar os falsos deuses) Extinto o paganismo, e oficializado o culto cristão, o rito do incenso encontrou logo seu lugar na liturgia. A partir do Século IV, a tradição cristã adotou o incenso em seus rituais de consagração e ainda hoje o queima para honrar primeiramente a DEUS, e depois o altar, as relíquias, os objetos sagrados, os sacerdotes e os próprios fiéis, para propiciar a subida ao céu das almas dos falecidos no momento das Exéquias, e para representar as orações de toda a Igreja. (“Minha oração suba a vós como o incenso e minhas mãos, como oferta da tarde.” Sl. 140, 2)
Para nós católicos, significa isso: Ao Senhor dos Senhores oferece-se incenso. É adoração e honra. Entre os presentes oferecidos pelos reis Magos ao Menino Jesus está o incenso. (Mt, 2,11)
Graças à benção propiciada pelo incenso antes de seu uso, ele chega a ser um sacramental (sinal sagrado, que possui certa semelhança com os sacramentos e do qual se obtém efeitos espirituais). Outros exemplos de Sacramentais são a Água Benta e os Sinos das Igrejas.
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